Inovação aberta: o que é e quais são seus benefícios?

Conheça o conceito de inovação aberta e saiba por que ele é vantajoso para as empresas

A inovação é algo muito procurado por empresas de diferentes mercados e segmentos. Ela pode viabilizar que mais produtos ou serviços sejam ofertados às pessoas, ou que esses tenham maior qualidade ou menos custos em comparação com os já existentes.

Sendo assim, ter um ambiente empresarial que fomente a inovação se tornou algo de grande importância para a própria sobrevivência do negócio, ao mesmo tempo que a quantidade e qualidade de know-how externo vem crescendo cada vez mais.

Com esse cenário, junto à dificuldade de empresas maiores em implementarem processos de inovação mais robustos, surge o conceito de inovação aberta. Nele, é proposto uma abordagem de inovação mais bem-distribuída entre os stakeholders, mais participativa e descentralizada. Dessa forma, é facilitada a colaboração entre empresas, indivíduos e órgãos públicos na criação de novos produtos e serviços.

A inovação então nasce a partir da interação de ideias, tecnologias, processos e canais de venda internos e externos. Para isso, é possível integrar tanto os funcionários da empresa quanto clientes, fornecedores, universidades, concorrentes ou até empresas de outros setores.

De um lado, a empresa se beneficia de um conhecimento externo, utilizando-o no desenvolvimento de produtos e serviços. E, do outro, o mercado como um todo ganha com esse novo conhecimento, assim como os consumidores, que testemunham um futuro com melhores ofertas disponíveis.

Além de tudo o que citamos até aqui, apresentamos agora mais algumas vantagens importantes em aplicar o processo de inovação aberta. Confira:

Redução de custos

O custo para inovar vem crescendo, à medida que, com o avanço da tecnologia e das invenções, está cada vez mais difícil encontrar novas descobertas. Dessa forma, as empresas acabam precisando investir muito mais, tanto em recursos financeiros quanto em capital humano, do que investiam décadas atrás.

A inovação aberta consegue proporcionar uma redução nos custos com pesquisa e desenvolvimento, uma vez que é feita em conjunto com outros players, dividindo os custos dessa etapa. Existe ainda a possibilidade de usar conhecimentos que já existem no mercado e recombiná-los de forma a criar algo totalmente novo.

Criação de novos mercados

Inovações que são criadas com o envolvimento de outros parceiros externos de inovação abrem novas funcionalidades e acabam por criar novos mercados.

O consumidor consegue ter a percepção de que se trata de uma novidade, ao contrário da maior parte das inovações de produtos feitas dentro das próprias empresas, que costumam trazer apenas pequenas inovações incrementais, que não possuem um valor agregado funcional.

Caso uma empresa consiga aliar bons parceiros durante um processo de inovação aberta, isso pode aumentar significativamente as inovações radicais e, com isso, a percepção de um fator novo para o mercado.

Redução do tempo entre desenvolvimento e comercialização

A inovação aberta pode encurtar o tempo de desenvolvimento de um projeto, já que delega atividades aos parceiros de inovação, de forma que não é mais necessário contar apenas com o seu time para aquele trabalho.

Ao obter ajuda externa, é possível diminuir o tempo de desenvolvimento pela metade, se comparado a um projeto feito apenas internamente. É possível, por exemplo, trazer o projeto para dentro assim que todos os estudos preliminares já estiverem concluídos, deixando para a equipe interna apenas os ajustes finais, que necessitam de um conhecimento mais profundo do modelo de negócios da organização.

Esse formato também permite que os negócios possam reagir de maneira mais ágil às novas tecnologias e exigências do mercado, criando vantagens competitivas e impedindo que seu negócio seja ultrapassado pelos concorrentes.

Ponto de partida para um processo inovador interno

A inovação aberta pode ser uma excelente opção para uma empresa iniciar seu processo inovador interno. A organização passa a ter uma postura de troca, seja com outras grandes empresas ou com startups. O que é extremamente salutar, já que ela não se limita a pensar apenas em seu próprio universo e estrutura.

Seu olhar e cultura mudam, à medida que ela passa a estar aberta ao que está acontecendo em seu ecossistema, podendo relacionar-se com startups e investir ou criar um ambiente de troca com esses negócios.